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COMO LIDAR COM OS EFEITOS DA INFLAÇÃO NAS FINANÇAS PESSOAIS

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Inflação é um termo a que já estamos habituados. De uma forma muito simples podemos descrever a inflação como sendo, o aumento generalizado dos preços de bens e serviços.

A inflação é um fenómeno económico que representa o aumento generalizado e contínuo dos preços de bens e serviços. Quando a inflação sobe, o custo de vida aumenta e as famílias sentem no bolso.

O Aumento nos Preços dos Bens de Consumo: os preços dos alimentos, combustíveis, e outros itens essenciais sobem, tornando mais difícil para as famílias manterem o mesmo padrão de consumo.

Impacto nas Despesas Mensais: as contas mensais aumentam, afetando desde a conta de luz e água até as despesas com saúde e educação.

Ajustes no Orçamento Familiar: as famílias têm a necessidade de rever o seu orçamento e cortar gastos para conseguir pagar as contas. Priorizar as despesas essenciais se torna fundamental nessa altura.

Com a inflação, as famílias pagam mais na aquisição dos mesmos produtos e serviços, se quisermos, comparativamente a um ano. Este aumento generalizado de preços faz com que as famílias se deparam com produtos e serviços mais caros e alguns salários se mantêm inalterados.

À medida que o preço dos produtos e serviços aumentam, algumas famílias compram menos quantidade de produtos e reduzem o acesso de alguns serviços ao longo do mês. O que, para muitas famílias pode significar passar por algumas necessidades, devido a este aumento generalizado dos preços.

Efeitos da Inflação

Ao longo do tempo a inflação faz reduzir o valor do dinheiro, o que significa que enquanto a situação prevalecer, o poder de compra das famílias vai diminuindo. 

O dinheiro das famílias ao longo do tempo proporcionará menos produtos e serviços comparativamente, por exemplo, a um ano atrás, que o mesmo dinheiro proporciona em termos aquisitivos.

O melhor que algumas famílias fazem para evitar gastar muito dinheiro, compram quantidades menores de produtos e recorrem aos serviços essenciais adiando assim, a aquisição de outros serviços.

Quando o rendimento das famílias não acompanha este aumento de preços, o poder de compra das famílias diminui, e como consequência o custo de vida das famílias também aumenta.

Quando esta nova realidade económica se apresenta na vida das famílias, nota-se uma grande procura de bens e serviços. Este aumento da procura é influenciado pelo comportamento do consumidor, que compra mais do que precisa hoje com receio que o preço aumente no futuro. Este comportamento pode influenciar o rápido aumento de preços visto que a procura nalguns casos é superior à oferta.

A qualidade de vida está diretamente relacionada ao poder de compra e ao acesso a bens e serviços. A inflação corrói esse poder de compra e pode prejudicar o bem-estar das famílias.

Redução do Poder de Compra: quando os preços aumentam, o dinheiro das famílias vale menos, ou seja, elas compram menos com a mesma quantia de dinheiro.

Dificuldades em Manter o Padrão de Vida: itens antes acessíveis se tornam caros, forçando as famílias a mudarem os seus hábitos de consumo e estilo de vida.

Stress Financeiro e o Seu Impacto na Saúde Mental: a pressão para equilibrar o orçamento pode causar ansiedade e outros problemas de saúde mental, afetando negativamente a qualidade de vida.

À medida que aumenta o preço dos produtos, nota-se que algumas famílias recorrem cada vez mais ao crédito. Porque será que isto acontece? A inflação tem um impacto direto sobre as dívidas das famílias, especialmente quando as taxas de juros aumentam.

Aumento das Taxas de Juros: para combater a inflação, os bancos centrais frequentemente aumentam as taxas de juros, encarecendo empréstimos e financiamentos.

Dificuldade em Pagar Dívidas de Longo Prazo: as dívidas como financiamentos imobiliários ou empréstimos pessoais ficam mais caros, pressionando ainda mais o orçamento familiar.

Estratégias para Fazer a Gestão de Dívidas em Tempos de Inflação: refinanciar dívidas, consolidar empréstimos e evitar novas dívidas são estratégias importantes para manter as finanças sob controle.

Por outro lado, quando o dinheiro ao longo do mês não chega para cobrir todas todas as despesas, muitas famílias vêm-se obrigadas a recorrer ao crédito, mesmo tendo consciência que o preço do dinheiro está alto, porque a taxa de empréstimos está alta.

Quando se tem uma dívida indexada a taxa de juro variável, o valor da prestação mensal vai aumentando à medida que a inflação aumentar. Quanto à repercussão da inflação no crédito à habitação, as famílias com um crédito de taxa fixa não têm muito que se preocupar, visto que, a prestação mensal se manterá inalterável.

É maior a preocupação das famílias com o crédito à habitação indexado a taxa de juro variável, porque nunca se sabe, até onde as famílias poderão suportar pagar a cada mês os aumentos da prestação do crédito.

No entanto, o impacto da inflação no mercado imobiliário é inevitável. Num cenário de inflação, comprar uma casa pode ficar mais caro para as famílias que recorrem ao crédito num cenário de inflação.

E para as famílias com capacidade financeira, dependendo de outros fatores, se o preço das casas diminuir, estas, podem aproveitar o momento para bons negócios dentro do mercado imobiliário.

Investir em tempos de inflação exige uma abordagem cuidadosa para proteger o património e obter retornos reais e positivos.

Impacto nos Investimentos de Rendimento Fixo e Variável: os investimentos de rendimento fixo podem perder valor em termos reais, enquanto que, os investimentos de rendimento variável podem oferecer proteção melhor, mas com maior risco.

Proteção contra a Inflação: investimentos como títulos do Tesouro, podem ajudar a proteger contra a inflação.

Diversificação de Portfólio: diversificar investimentos em diferentes classes de ativos é fundamental para mitigar riscos e procurar retornos ajustados à inflação.

Inflação e Investimentos

Embora que, para a maioria das situações a inflação tenha uma conotação negativa, pode ser um bom indicador para quem queira aproveitar a oportunidade para fazer bons investimentos.

Quando a procura supera a oferta causa escassez, o que faz aumentar os preços. Sendo assim, por um lado, a inflação pode custar caro ao consumidor mas, o que se deve fazer quando a inflação tem tendência a aumentar?

Com o aumento das taxas de juro, a inflação faz o dinheiro valer menos, ainda assim, não se aconselha desfazer-se das contas poupanças nem mesmo do fundo de emergência porque trata-se de uma almofada financeira e não de um investimento. 

Quanto aos  investimentos, embora não se consiga prever como a inflação pode afetar todos os investimentos, investir poderá ser uma boa opção. Tratando-se de investimentos de rendimento fixo e de longo prazo, o seu valor diminuirá ao longo do tempo. No caso de investir em ações, podem fornecer proteção contra a inflação no sentido em que, venham a gerar retornos acima da inflação.

Aqui, falo de possibilidades, mas o melhor que temos a fazer numa altura de incerteza como esta, independentemente do conhecimento que tenhamos, o importante é não apostar todos os ovos na mesma cesta, por outro lado, na incerteza um pouco de cautela nos investimentos nunca é demais.

É fundamental referir a importância de monitorizar a inflação, sobretudo quando os títulos que investimos estiverem indexados a taxas de juro fixas, porque neste caso, pode significar que o investidor esteja a perder dinheiro visto que estes ativos de rendimento fixo num cenário de inflação tornam-se menos valiosos.

Porque, por um lado, os preços continuam a aumentar e por outro lado, o Governo para tornar os títulos do Tesouro mais atrativos, por exemplo, poderá oferecer títulos com taxas de juro mais atrativas.

Com a inflação as famílias pagam mais na aquisição dos mesmos produtos e serviços, se quisermos, comparativamente a um ano atrás. Tomar medidas proativas pode ajudar as famílias a lidar melhor com a inflação.

Revisão e Ajuste do Orçamento: avalie todas as despesas e veja onde é possível cortar ou economizar.

Compra Consciente e Planeamento de Compras: planeie compras, faça listas e evite compras por impulso. Aproveite promoções e compre em maior quantidade itens não perecíveis.

Estratégias de Economizar e Poupança: procure formas de economizar no dia a dia e mantenha uma reserva de emergência para imprevistos.

Como já referi anteriormente a inflação faz reduzir o poder de compra da maioria das famílias. Se ficarmos atentos, durante um período de inflação existem produtos que encarecem mais do que outros.

Como não podia deixar de ser, neste cenário, as famílias estão cada dia mais preocupadas com a brusca subida das prestações do crédito à habitação, visto que, os empréstimos estão mais caros. 

Então, se os rendimentos das famílias se mantiveram inalterados, a solução para algumas será o recurso ao crédito para poderem continuar a cumprir com as suas obrigações financeiras, na esperança que a médio prazo a situação melhore.

No entanto, para as famílias que os salários e outros rendimentos aumentam ao mesmo ritmo que os preços, os mesmos poderão cobrir as despesas sem grandes preocupações.

Numa situação de crise, os preços dos ativos podem sofrer uma perda de valor (deflação). Neste momento, há uma especulação relativamente a uma situação semelhante no preço dos imóveis, visto que noutras crises cenários semelhantes ocorreram, em que, houve uma grande perda de valor dos imóveis.

Então, enquanto o preço da  maioria dos produtos e serviços aumenta, o preço de alguns ativos como dos imóveis podem sofrer uma perda de valor, por várias razões.  Mas, para que isso aconteça é preciso que outros fatores influenciem este cenário.

O preço dos produtos energéticos estão muito elevados, nomeadamente o gás, a energia elétrica e o preço dos combustíveis, aumento este que se repercute no preço dos demais produtos, bens  e serviços.

Para as famílias se protegerem contra a inflação, nos investimentos, têm de ter a noção que alguns ativos fazem uma melhor proteção contra a inflação do que outros, dos quais, os metais preciosos como ouro, alguns títulos do Tesouro e ações de algumas empresas bem posicionadas no mercado.

Não menos importante, outra forma de combater a inflação é evitar ter o dinheiro na poupança, ter dinheiro em espécie e optar investir o seu dinheiro nalguns títulos com retorno financeiro superior à taxa de inflação.

Sendo assim, perante um cenário de inflação, para se alcançar os objetivos financeiros é importante investir com sabedoria, e por outro lado, se, mantiver o padrão de vida inalterado, ao longo do tempo gastará mais dinheiro. 

Contudo, além da estratégia de investimento, na compra, reduzir a quantidade de produtos, bens e serviços é fundamental, e noutros casos se possível adiar compras não prioritárias.

Há quem diga que a melhor estratégia para vencer a inflação a longo prazo é o investimento no mercado financeiro, porque poderá garantir manter o padrão de vida das famílias.

Ter conhecimento sobre finanças pessoais é importante para enfrentar os desafios da inflação.

A Educação Financeira tem a sua Importância porque ajuda a compreender como a inflação afeta as finanças pessoais e permite tomar decisões informadas e eficazes.

Quanto às Ferramentas e Recursos de Aprendizagem Financeira existem diversos recursos, como cursos online, livros e aplicativos, que podem ajudar a melhorar a educação financeira.

E, se aconselha a Desenvolver Hábitos Financeiros Saudáveis como adotar práticas de poupar regularmente, investir com sabedoria e evitar dívidas desnecessárias ajuda a manter as finanças saudáveis em qualquer cenário económico.

A inflação pode ser considerada como um desafio económico que afeta profundamente as finanças pessoais, com um grande impacto no custo de vida, o poder de compra, e a qualidade de vida das famílias. Compreender como a inflação opera e adotar estratégias proativas são essenciais para mitigar os seus efeitos negativos.

Desde ajustes no orçamento familiar até a diversificação dos investimentos, passando por uma sólida educação financeira, há várias abordagens que podem ajudar as famílias a navegar em tempos de inflação elevada. Negociar salários de forma eficaz e fazer uma gestão de dívidas com prudência também são práticas fundamentais para manter a estabilidade financeira.

Ao tomar medidas informadas e proativas, as famílias podem não apenas sobreviver, mas também prosperar, mesmo num cenário económico adverso. Manter-se educado financeiramente, planear com antecedência e estar preparado para ajustar estratégias conforme necessário são chaves para uma vida financeira segura e sustentável.

Informação a reter em relação à  inflação:

  • aumento generalizado dos preços; 
  • diminui o valor da poupança;
  • diminui o poder de compra;
  • aumenta as taxas de juro;
  • o crédito fica mais caro;
  • oportunidade de bons investimentos.

Obrigada pela escolha!

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