Há famílias preocupadas devido à incerteza económica que se vive nos dias de hoje.
A crise derivada da pandemia, também está a influenciar, de uma forma geral, as finanças pessoais de muitas famílias.
Infelizmente, a grande maioria das famílias não estava preparada para uma situação idêntica repentina, que pode ser considerada como um “grande golpe” financeiro.
Esta crise originou entre outras coisas, um elevado número de desempregados num curto espaço de tempo, desde o início da pandemia.
Famílias há, que não têm dinheiro suficiente ao final do mês para cumprirem com as suas obrigações financeiras. Contudo, para muitas famílias o futuro é considerado incerto.
Há uma grande maioria endividada e, nesta altura de crise, devido à todas as situações mencionadas até agora e não só, é necessário tomar algumas medidas, no sentido de não piorar a situação no futuro.
Segundo o eco.sapo, o sector financeiro se prepara para o impacto da crise, tanto que, os bancos antecipam o impacto do incumprimento por parte das famílias, sendo que, o aumento do crédito malparado é inevitável.
Ainda assim, segundo a eco.sapo, citada pela Financial Times – as provisões da banca norte-americana e europeia, para salvaguardar o crédito malparado poderão ultrapassar os 50 mil milhões de dólares.
Embora as medidas adoptadas pelo Governo visam ajudar as famílias, no sentido de reduzir o impacto de incumprimento no pagamento dos créditos perante aos bancos e outras instituições financeiras, não tem sido suficiente.
Os bancos, por exemplo, para a situação de moratória bancária, quanto ao crédito habitação, deram a conhecer algumas condições para que as famílias possam beneficiar ou não da moratória.
No seio das famílias vão surgindo algumas questões nomeadamente:
- Como pagar as contas essenciais ao final do mês?
- Como obter rendimento extra estando numa situação de desemprego?
- Quanto tempo vai durar esta crise?
- Como pagar os créditos sem correr o risco de acumular dívidas?
- O que mais poderá acontecer?
Enfim, são várias as questões, e algumas difíceis de responder neste momento. O tempo vai ajudar a entender e descobrir determinadas respostas mas, é possível agir hoje, para que o futuro não seja tão mau, como se faz adivinhar.
Para as famílias que fazem parte da estatística, aquelas que, neste momento passam por situações financeiras difíceis, é urgente procurar fontes alternativas de rendimento e negociarem com os seus credores, melhores condições de pagamento dos créditos.
Aprender a fazer um Planeamento Financeiro é preciso se dedicar à aprendizagem da gestão das Finanças Pessoais e a Educação Financeira, é imprescindível.
Contudo, como é do conhecimento de todos, a recuperação económica e financeira poderá levar algum tempo, para que a economia volte à sua normalidade.
Nesta envoltura, é preciso tomar algumas medidas no sentido de diminuir os seus efeitos na vida das famílias.
Ainda assim, embora possa haver ou não apoios do Governo para as famílias, é preciso que cada família procure fazer a sua parte.
Se preocupar em fazer uma melhor gestão financeira, com as ferramentas e o conhecimento que têm para evitarem problemas maiores no futuro, e não só.
Mais uma vez, provavelmente as famílias mais vulneráveis podem se sentir à parte no que diz respeito às suas condições financeiras.
Seguem abaixo os 12 passos para evitar um colapso financeiro familiar e fazer uma boa gestão de crédito durante a crise:
- Continuar a fazer os pagamentos dos créditos enquanto houver dinheiro.
- Cumprir o prazo de pagamentos para evitar taxas adicionais e penalidades.
- Utilizar a reserva financeira para comprar produtos de primeira necessidade.
- Não fazer novos empréstimos.
- Continuar a fazer o Orçamento familiar mensal.
- Fazer o plano financeiro mensal.
- Fazer um plano de pagamento de dívidas.
- Não se endividar mais, para pagar dívidas antigas.
- Evitar usar o cartão de crédito.
- Diminuir ao máximo que puder as despesas evitáveis.
- Nunca deixar de pagar o que deve, se puder.
- Procurar viver abaixo das suas possibilidades
Embora estejam mencionados aqui alguns passos para evitar o colapso financeiro das famílias, há sempre o risco de incumprimento associado, visto que, existem sempre variáveis que se desconhece e fora do controlo das famílias
Mas, as famílias têm ferramentas importantes e necessárias para poderem evitar uma situação financeira pior, se nada fizerem neste momento.
No caso de haver algum incumprimento no pagamento de crédito, em situações normais, os bancos não informam o atraso logo imediatamente.
Um atraso no pagamento implica multa e taxas acrescidas, e faz com que a dívida aumente.
Caso não se consiga cumprir com algum pagamento, é preferível entrar em contato imediatamente com os credores para se evitar possíveis penalizações. E, pode ser que o credor apresente novas modalidades de pagamento.
Quando fizer o plano financeiro e o orçamento mensal, procure fazer um orçamento realista, com foco na diminuição da despesa e capaz de ser executado.
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Obrigada pela escolha!
Maria Teresa Eduardo
MSc. em Finanças